Na última terça-feira, durante uma sessão na Câmara Municipal de Cuiabá, o vereador Rogério Varanda (PSDB) enfrentou uma interrupção enquanto criticava a gestão do estacionamento rotativo da cidade, um serviço prestado pelo Consórcio CS Mobi. A decisão de cortar o microfone partiu do vereador Sargento Vidal (MDB), que presidia a sessão no momento.
O estacionamento rotativo tem sido um tema de debates acalorados no município, especialmente sobre a eficácia e a transparência na sua administração. Rogério Varanda, conhecido por sua postura crítica em relação às parcerias público-privadas, utilizava seu tempo de discurso. Ele apontar o que considera falhas no serviço, que afetam diretamente a população que utiliza as áreas centrais da cidade.
Especialistas em direito constitucional apontam que o direito à liberdade de expressão dos vereadores é fundamental para o exercício da democracia. Especialmente quando se trata de fiscalizar e questionar as ações do executivo e de empresas contratadas pela prefeitura. Além disso, situações como essa podem gerar desconfiança da população quanto à transparência e à integridade das discussões no legislativo.
O Consórcio CS Mobi, por sua vez, defende a qualidade do serviço prestado. Reiterando que está em conformidade com todas as normas e exigências contratuais estipuladas em sua parceria com o município. Em resposta aos questionamentos levantados na câmara, a empresa se colocou à disposição para participar de uma audiência pública para esclarecer dúvidas e apresentar dados sobre sua operação.
O incidente é um reflexo das crescentes disputas políticas em Cuiabá, onde a gestão dos serviços públicos tornou-se um campo de batalha entre diferentes visões de administração e responsabilidade fiscal. O desenrolar deste caso será crucial para determinar o futuro da gestão de estacionamentos e outros serviços públicos essenciais na capital mato-grossense.
