Maysa Leão acusa parlamentar de ameaça-la; ele nega

Em recente reunião do Colégio de Líderes, a vereadora Maysa Leão, filiada ao partido Republicanos, denunciou uma ameaça feita pelo vereador Fellipe Corrêa, do PL. Maysa alegou que as intimidações proferidas por Corrêa visavam silenciá-la sobre suas críticas relativas aos atrasos dele nas sessões da Câmara. O encontro foi interrompido devido à ausência de outros membros.

Maysa inicialmente hesitou em tornar o incidente público, preferindo não dar destaque ao comportamento do colega. Contudo, reconsiderou sua decisão ao perceber a gravidade do ocorrido, interpretando o ato como um exemplo de violência de gênero no cenário político. “Fui coagida de maneira muito explícita enquanto mulher e defensora da representatividade feminina em posições de liderança. Ao me calar, sentiria como se estivesse compactuando com essa agressão”, explicou a vereadora.

Ela detalhou que, durante a reunião, Fellipe Corrêa a confrontou com as seguintes palavras: “Não fale sobre mim, não me exponha, estou te avisando, sou um bom amigo, mas um péssimo inimigo”. Além disso, Corrêa a acusou injustamente de agredir um idoso vizinho, uma acusação que Maysa refuta, alegando que ela e seu filho autista foram, na verdade, vítimas de agressão.

O caso evidencia a tensão e os desafios enfrentados por mulheres na política, especialmente quando elas buscam abordar e mudar dinâmicas de poder longamente estabelecidas. A situação levanta importantes questionamentos sobre a segurança e o respeito no ambiente legislativo, colocando em pauta a necessidade de mecanismos mais robustos para proteger vereadores de ameaças e coações, particularmente aquelas com motivações de gênero.