Durante um jogo da Série A2 do Campeonato Brasileiro Feminino, o árbitro Pedro Henrique Pio de Jesus, de 33 anos, enfrentou racismo. O incidente ocorreu no estádio Dutrinha, na partida entre Mixto e Bahia. Na arquibancada, um torcedor do Mixto, claramente identificado pelo uniforme do clube, proferiu ofensas raciais contra Pedro Henrique, chamando-o repetidamente de “macaco”.
Ações Imediatas Após o Incidente
Logo após o jogo, Pedro Henrique registrou o incidente na súmula e prontamente procurou as autoridades para registrar um Boletim de Ocorrência. O crime de injúria racial, equiparado ao racismo, prevê de 2 a 5 anos de reclusão e multa.
Em resposta, tanto a torcida organizada MixtoNet quanto a diretoria do clube rapidamente condenaram o ocorrido. Eles expressaram repúdio ao racismo e solidariedade ao árbitro através de notas oficiais, enfatizando a importância do combate ao racismo.
Além disso, o Mixto Esporte Clube publicou uma nota destacando seu compromisso com a diversidade e a inclusão. A nota relembrava heróis negros importantes na história do clube e reforçava a necessidade de punição rigorosa para o torcedor responsável pelo ataque racista.
Compromisso Antirracista
O clube enfatizou que na luta antirracista não basta ser apenas não racista; é essencial adotar uma postura ativamente antirracista. O Mixto Esporte Clube se comprometeu a colaborar com as autoridades para assegurar a aplicação da justiça, demonstrando que o racismo não tem espaço no esporte.