Danielle Carmona, ex-interventora estadual da Saúde de Cuiabá, manifestou a necessidade de punições judiciais aos secretários de saúde que atuaram durante a gestão de Emanuel Pinheiro (MDB). Carmona criticou severamente as falhas e irregularidades observadas na administração da saúde pública na capital mato-grossense.
A ex-interventora destacou a ineficácia de uma nova intervenção como solução para os problemas persistentes. Ela argumentou que, ao invés de simplesmente “tapar o buraco” de forma momentânea, é essencial que os órgãos de controle intensifiquem esforços para fazer a prefeitura cumprir o Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Este documento foi formalizado entre o Ministério Público Estadual (MPE-MT) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), com o objetivo de garantir a continuidade das melhorias implementadas durante a intervenção que terminou em dezembro de 2023.
“Os gestores precisam ser responsabilizados judicialmente, pois falharam em garantir um tratamento adequado aos usuários do SUS”, afirmou Carmona. Ela revelou que o descumprimento do TAC atinge 80% das cláusulas, comprometendo severamente a continuidade e a eficácia das ações previamente estabelecidas.
Retrocesso na Saúde Pública
Carmona expressou desalento ao observar o retrocesso na saúde de Cuiabá após o fim da intervenção. “É muito triste ver a atual situação da Saúde de Cuiabá, uma vez que passou por uma intervenção histórica. Demonstramos que, com gestão apropriada, era possível assegurar condições dignas de atendimento à população”, comentou.
Atualmente, a situação descrita inclui unidades de saúde superlotadas, paralisações frequentes de prestadores de serviços e servidores, refletindo um sistema de saúde colapsado. Esse cenário destaca a urgência de ações efetivas e imediatas para resgatar a qualidade do serviço público de saúde na cidade.
